16 de abril de 2009

SUAVES E MALDITOS

Suave a faca que corta o legume.
Suave a mão que me massageia o corpo,
Suave a boca que beija,
Suave a língua que me roça,
Suave o dedo que me coça.


Maldita a faca que me corta a garganta,
Maldita a mão que me concede o tapa,
Maldita a boca que me escarra.
Maldito o dedo no gatilho.

Suaves e malditos são
A caneta, o papel e os versos
Que restaram nesse pobre papel.

Alvessantos

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